Lentes docentes

Temos recebido lindos olhares de professores que vieram nos assistir. Rosyane Trotta, professora da UniRio, também nos presenteou com esta bela interpretação:

Turma,
 
O espetáculo Querida Helena Sergueievna é uma pérola do realismo, como raras vezes se vê.
Assistindo, a gente entende porque o gênero foi praticamente abandonado – é dificílimo, um cristal delicado que ao menor deslize se quebra por inteiro.
Depende de uma dramaturgia que construa passo a passo o pensamento e as ações individuais, depende de uma direção que orquestre todas as marcas “como se” não fossem marcas, depende do elenco atuando no mesmo diapasão, com a mesma delicadeza e precisão… enfim, quase impossível.
Geralmente quando tudo está redondo, é a velha interpretação que quebra o quadro, com a vaidade do teatrão.
Pode ser que a memória esteja me traindo, mas me parece que foi a primeira vez que experimentei
um realismo do nosso tempo, sem impostação. Não é um efeito de ilusão, porque é impossível abstrair
o fenômeno teatral. É uma construção, um jogo mesmo, com regras que conhecemos.
Toda a equipe caminha na mesma direção, com o mesmo cuidado, inclusive os atores mais jovens,
que se colocam no mesmo rigor. Muito bonito e emocionante.
Acostumado ao teatro performativo, meu cérebro foi colocado em outro estado, outro raciocínio. E isso
foi muito divertido.