Os Einsteins da literatura

Conheça um pouco mais sobre os gênios por trás dos argumentos de Vítia e Pacha:

Pushkin

Alexander Sergueievitch Pushkin (em russo: Алекса́ндр Серге́евич Пу́шкин) foi um romancista e poeta russo da era romântica, considerado por muitos como o maior poeta russo e fundador da moderna literatura russa. Nascido em 6 de Junho de 1799, publicou seu primeiro poema com quinze anos de idade e foi largamente reconhecido nos meios literários antes mesmo de sua graduação. Enquanto poeta, Pushkin fazia uso de expressões e lendas populares, marcando os seus versos com a riqueza e diversidade do idioma russo. Devido às suas ideias progressistas, foi despatriado, viajando entre 1820 e 1824 pelo sul do Império Russo. Ao longo deste período, compôs diversos poemas de influência byroniana, dentre os quais se destacam “O prisioneiro do Cáucaso”, “A fonte de Baktchisarai” e “Os ciganos”. No entanto, não deixou de inovar, introduzindo criando um estilo de narrativa que misturava drama, romance e sátira associada com a literatura russa e influenciando fortemente desde então os escritores russos seguintes. Entre suas obras mais conhecidas encontram-se “O prisioneiro do Cáucaso”, “Eugene Onegin”, “A história da revolta de Purgatief ” e “O Cavaleiro de Bronze”. Escreveu poemas, novelas e peças teatrais.

O homem que outrora fui, o mesmo ainda serei:
leviano, ardente. Em vão, amigos meus, eu sei,
de mim se espere que eu possa contemplar o belo
sem um tremor secreto, um ansioso anelo.
O amor não me traiu ou torturou bastante?
Nas citereias redes qual falcão aflante
não me debati já, tantas vezes cativo?
Relapso, porém, a tudo eu sobrevivo,
e à nova estátua trago a mesma antiga of’renda…

Dostoievski

Fiódor Mikhailovich Dostoiévski (em russo Фёдор Миха́йлович Достое́вский) foi um escritor russo, considerado um dos maiores romancistas da literatura russa e um dos mais inovadores artistas de todos os tempos. Nascido em Moscou, em 30 de outubro de 1821, descendente de uma aristocrática família lituana, é tido como o fundador do existencialismo. Em São Petersburgo, Dostoiévski estudou engenharia numa escola militar e se entregou à leitura dos grandes escritores de sua época. Epilético, teve sua primeira crise depois de saber que seu pai fora assassinado. Sua primeira produção literária, aos 23 anos, foi uma tradução de Balzac (“Eugénie Grandet”). No ano seguinte escreveu seu primeiro romance, “Pobre Gente”, que foi bem recebido pelo público e pela crítica. Entre suas obras destacam-se: “Crime e Castigo”, “O Idiota”, “O Jogador”, “Os Demônios”, “O Eterno Marido” e “Os Irmãos Karamazov”. Publicou também contos e novelas. Criou duas revistas literárias e ainda colaborou nos principais órgãos da imprensa russa. Seu reconhecimento definitivo como escritor universal surgiu somente depois dos anos 1860, com a publicação dos grandes romances: “O Idiota” e “Crime e Castigo”. Seu último romance, “Os Irmãos Karamazov”, é considerado por Freud como o maior romance já escrito.

Quando é mais penoso compreender tudo, tomar consciência de todas as impossibilidades, de todos os muros de pedra; porém não se humilhar diante de nenhuma dessas impossibilidades, diante de nenhuma dessas muralhas se isso te repugna, chegar, seguindo as deduções lógicas mais inelutáveis, às conclusões mais desesperadoras, no tocante a esse tema eterno de tua parte de responsabilidade nessa muralha de pedra, se bem que esteja claro até a evidência que tu não estás aqui para nada, e em conseqüência mergulhares silenciosamente, mas rangendo deliciosamente os dentes, na tua inércia, pensando que não podes mesmo te revoltar contra seja o que for, porque não há ninguém em suma, porque isto não é senão uma farsa, senão uma falcatrua, porque é uma trapalhada, não se sabe o quê nem se sabe quem, porém que, malgrado todas essas velhacadas, malgrado essa ignorância, tu sofres, e tanto mais quanto menos compreendes.